Estrelas também morrem

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Na história do garotinho, que diante de um tapete de estrelas do mar estendido na areia da praia deserta, lançava uma a uma de volta ao oceano, o homem que observava achava aquilo um absurdo.

"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas do mar espalhadas pela praia. A maioria vai perecer de qualquer forma.”

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o homem.

"Para essa aqui eu fiz a diferença...".

Ainda assim, se aquele homem não conseguisse perceber a nobreza do pequeno gesto, como na versão original, e perguntasse: “Menino, e se quando jogada de volta ao mar ela for predada. Ela morrerá. Seu trabalho foi em vão.”

O jovem parou, após lançar mais uma estrela no mar, olhou para o homem e disse: “De qualquer maneira eu posso ter devolvido a ela a oportunidade de lutar pela própria vida. Na areia, ela estaria tão somente condenada à morte.”

“Mas este não é acontecimento natural?”

O menino pacientemente colocou uma frágil estrela do mar no centro de sua mão, os braços do pequeno ser mexiam calmamente, talvez sentindo a segurança e amor daquele que o segurava, olhou fundo nos olhos do homem e disse: “Ajudar a resgatar uma vida também me é muito natural.”

A partir daquele momento o homem percebeu que poderia fazer diferença na vida de alguém. Começou a lançar estrelas ao mar.

Seja lançador de estrelas. Toda oportunidade é única para aquele que faz e aquele que recebe.

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TEXTO ORIGINAL – Estrelas do Mar (Autor desconhecido)

Era uma vez um escritor que morava em uma tranquila praia, junto de uma colônia de pescadores.

Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo.

Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar.

Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas do mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

"Por que está fazendo isso?"- perguntou o escritor.

"Você não vê! --explicou o jovem-- A maré está baixa e o sol está brilhando.

Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia".

O escritor espantou-se.

"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas do mar espalhadas pela praia.

Que diferença faz?

Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

"Para essa aqui eu fiz a diferença...".

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas do mar de volta ao oceano.