Veja nossa Proposta de Estudo
Muitas são as semelhanças físicas, intelectuais e emocionais entre animais humanos e não-humanos - o que costumamos dizer, muitas vezes sem pensar, homens e animais.
A verdade é apenas uma: todos somos animais, dividindo uma mesmo planeta, compartilhando sentimentos, trilhando um mesmo caminho evolutivo, apenas em níveis diferentes.
Hoje estamos humanos. Aqueles que chamamos de animais não-humanos estão nesta condição certamente caminhando para a humanidade (leia: Já fomos animais?).
O assunto em epígrafe é extenso e nossa humilde proposta é de apenas compartilhar pouca da vasta literatura que se tem a respeito. Assim, entraremos hoje nos aspectos emocionais, o último item deste capítulo.
Celso Martins, citando Alberto Seabra e Heber Alves da Costa, respectivamente, em seu livro A Alma dos Animais, narra os seguintes casos:
1) Um cirurgião famoso encontra um cão na rua com a pata esmagada. Condoído, leva-o para casa e o trata com carinho. Um vez curado e posto em liberdade, o cachorro manifesta gratidão mediante carícias e latidos diferenciados claramente em varias tonalidades, partindo sem mais dar notícia. Um ano depois eis que a porta do escritório do cirurgião é arranhada e um cão se pôs a latir com insistência. Aberta a porta, eis que o antigo cão sobe e desce, sempre ladrando, as escadas da casa forçando a curiosidade do operador. Este médico, então, pede que um serviçal acompanhe o animal e este vê que aquele animal havia trazido até o pátio da casa do médico outro cãozinho, igualmente com a pata ferida como que a pedir do cirurgião para seu colega o mesmo tratamento que havia recebido.
2) Um comerciante possuía um cão treinado para ir a uma padaria, levando uma determinada quantia e trazendo, na volta, um certo número de pães. Esta missão foi bem desempenhada e com extrema fidelidade. Eis que um dia o seu amo dá por falta de dois pães. Pela estranheza do ocorrido, esse comerciante vai àquela padaria e toma conhecimento de que nehuma alteração até aí se dera. Resolve, então, fazer suas investigações e acaba descobrindo o seu cão mudando de rumo, entrando por um outro caminho totalmente diferente do habitual. Acompanha-o de longe e, para seu maior espanto, eis que descobre que seu ex-fiel comprador ia justamente levar a uma cadelinha, que amamentava suas crias, os dois pães, desde quando ela se tornara mãe.
Exemplos de memória, solidariedade, amor. Como acreditar que eles também não evoluem?
Continuaremos e terminaremos este capítulo semana que vem!
Referência Bibliográfica
MARTINS, C. A Alma dos Animais. DPL, pp. 48 - 49, São Paulo, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos, sejam bem-vindos! Ficamos muito felizes por receber suas mensagens!