Foto: Reprodução Blog do Planeta (Época)
André Trigueiro é jornalista,
professor, coordenador editorial, escritor, apresentador e editor-chefe na
Globo News, cometarista na CBN e colaborador em outras frentes.
Em seu livro “Espiritismo e Ecologia” (pela Federação
Espírita Brasielira), Trigueiro identifica como a preservação ecológica se
identifica com o espiritismo, e com a espiritualidade, em um sentido mais
amplo. “Se equilíbrio é sinônimo de sustentabilidade, quem busca o equilíbrio
através da religião precisa ser sustentável”, diz. Trigueiro explica isso em
detalhes na entrevista que concedeu à Época:
Confira algumas partes dessa entrevista feita por
Alexandre Mansur:
O que o espiritismo diz sobre ecologia?
André Trigueiro: A
expressão “ecologia” foi cunhada na Alemanha apenas nove anos depois de a
primeira edição de o “Livro dos Espíritos” ter sido lançada na França , no
inspiradíssimo século XIX do evolucionismo, do positivismo, do comunismo, da
psicanálise, e de outras correntes de pensamento referenciais para parcela
expressiva da humanidade. Espiritismo e ecologia explicam, cada qual ao seu
modo, um universo sistêmico e interligado, o uso racional dos recursos naturais
baseado no princípio da necessidade – e não da opulência -, uma nova ética
solidária que leve em conta os interesses de todos e não de uma minoria, o
respeito a todos os seres viventes. Espíritas e ecologistas também reconhecem a
existência de mecanismos de autoproteção da Terra, embora expliquem isso de
formas distintas. E estudam os efeitos colaterais da poluição nos dois planos
da vida: enquanto a ecologia investiga o impacto dos poluentes na matéria (ar,
água, solo), o espiritismo desdobra-se na investigação dos impactos de outros
gêneros de poluentes (formas-pensamento, miasmas, etc) no campo sutil, no plano
atral, também chamado de psicosfera.
Você
acha que se as pessoas tivessem mais espiritualidade, cuidariam melhor do
ambiente?
André Trigueiro: Quem cuida
do lado espiritual – e realiza essa busca solitária e persistente de Deus em si
mesmo – tende a ser menos dependente dos bens materiais – portanto menos
consumista – e mais atento ao legado, aos impactos de ordem material e moral de
sua passagem por este planeta. Mas cada vivência espiritual é pessoal e
intransferível. A espiritualidade contém todas as religiões, mas uma única
religião não contém toda a espiritualidade. A religião também não salva
ninguém, mas antes, a disposição de cada um em ser alguém melhor, mais
solidário e amoroso. Também é verdade que muita gente que não acredita em Deus
– ou na vida após a morte – realiza importantes trabalhos na área da
sustentabilidade. Não importa em que se crê, mas naquilo que se faz de verdade
em prol dos outros e do planeta que nos acolhe.
Para ler a entrevista completa, acesse: “Quembusca o equilíbrio através da religião precisa ser sustentável”
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