"Senhor Jesus! (...)Que o mundo te receba
as bênçãos naturais doando mais amor aos animais, que nunca desampare as
árvores amigas, não envenene os ares, nem tisne as fontes, nem polua os mares,
que o ódio seja, enfim, esquecido, de todo, que a guerra seja posta nos museus,
que em todos nós impere o imenso amor de Deus."
Parte da mensagem recebida por Chico
Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em reunião pública da noite de 25 de
setembro de 1982, em Uberaba - MG
No termo do ano passado,
Tive um chamado ideal:
Devia dar assistência
Ao serviço do Natal.
Fiz preces, rogando a Deus
Paz na mente, amor e luz,
Sabendo que aquela data
Era a festa de Jesus.
Comecei a trabalhar
Testando-me a confiança...
Que Deus me desse mais força,
Mais apoio na esperança.
Fiquei, porém, desgostoso,
Pois no Grande Feriado
Só se falava da festa,
Jesus não era lembrado.
Primeiro fui à Mansão
Do meu amigo João Dias.
Ele estava entusiasmado
Comendo duas cotias.
Então fui ver Dona Eulália,
Conhecida por Luloca.
Ela e o marido traçavam
Língua de boi com paçoca.
Fui ao encalço do pastor,
Pregador “cara e coroa”.
Ele estava em grande pressa,
Temperando uma leitoa.
Encontrei, no galinheiro,
Vasta frota de perus.
Coitados, nenhum deles
Quis falar sobre Jesus.
Recordei Dona Germana,
Famosa em fazer angu.
Germana e o filho trinchavam
Lombo de porco e tutu.
Muito triste, procurei
A casa de João Chichorro.
No entanto, revi o amigo
Comendo o próprio cachorro.
Fui no pouso da Donana,
A caridade segura.
Ela estava degustando
Farofa com tanajura.
Parei na casa de Lauro
Que vivia no descanso.
Vi Cocota, a esposa dele,
Cortando a goela de um ganso.
Vacilando, entrei no lar
Do companheiro João Tato.
O amigo se achava à mesa,
Comendo carne de gato.
Procurei seguir em frente,
Parei no Bar de Ciloca.
Ela se achava “arrumando”
Cinco quilos de minhoca.
Em seguida, busquei
O sítio de Adão do Embalo.
Dizendo ter muita fome,
Comia o próprio cavalo.
Passei na casa de Antônio,
O antigo dono dos tangos.
João não dançava, comia,
Só de uma vez cinco frangos.
Em total abatimento,
Lembrei-me do Hevi da Cruz...
Se visse tanta matança
O que diria Jesus!
Em qualquer parte onde eu ia,
Estavam potes de borco.
Carnes de gado no abate,
Carne cabra e de porco.
Por que, meu Deus, perguntei,
Neste dia sem igual,
Há tanta morte
Sobre as horas do Natal?
O homem do dia-a-dia
Matava só por prazer...
O homem não acharia
Outra coisa pra comer?
As espécies de animais
Recebem nos dias seus,
A bondade e a proteção
Que chegaram do amor de Deus.
Ante o Natal de Jesus,
Guardando os princípios sãos,
Comer carne, não tanto,
Deus bendirá vossas mãos.
Psicografia Chico Xavier – Espírito Jair
Presente – Livro Revelação
Fonte: GFFA
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