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Hoje iniciaremos o capítulo dor e sofrimento nos outros animais. Existe? Qual o propósito? Animais possuem carmas? Quem é o responsável pelo sofrimento nos outros animais? Qual o nosso papel diante deste assunto? Por que sofrer?
Hoje iniciaremos o capítulo dor e sofrimento nos outros animais. Existe? Qual o propósito? Animais possuem carmas? Quem é o responsável pelo sofrimento nos outros animais? Qual o nosso papel diante deste assunto? Por que sofrer?
Para iniciar é interessante conhecer o pensamento de um grande filósofo chamado Voltaire que já no século XVIII atentava para os sentimentos dos outros animais.
Voltaire
Neste mesmo século, iluministas com Descartes concluíram que os outros animais não tinham consciência e assim eram incapazes de sentir qualquer emoção ou pensar. Hoje ainda, muitos agem como se concordassem com estes filósofos, mesmo diante de evidências científicas, nas quais é provado que os outros animais possuem sim raciocínio e sentimentos, o que também significa que podem ter sofrimento e dor.
Pato de Vaucanson (1709-1790): uma tentativa de construir seres artificiais.
Vejamos o que Voltaire respondeu com grande eloquência à conclusão de Descartes de que os animais eram apenas máquinas. Em seu livro Dicionário filosófico ele escreveu:
Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda a parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos orgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objetivo algum? Terá nervos para ser insensível?
Continuaremos o estudo deste capítulo semana que vem!
Referência bibliográfica
CHUAHY, Rafaella. Manifesto pelos direitos dos animais. Ed. Record, pp. 12 - 14, Rio de Janeiro, 2009.
Obs.: desconhecemos os autores das imagens de Voltaire e Pato de Vaucanson, por favor, qualquer problema, avise-nos.
Obs.: desconhecemos os autores das imagens de Voltaire e Pato de Vaucanson, por favor, qualquer problema, avise-nos.
Este blog é muito interessante. Espero, ansiosa, pelos próximos capítulos...
ResponderExcluirFicamos muito felizes com seu retorno e com sua presença no blog!
ResponderExcluirGrande abraço!
Fernanda
Conhecendo a ciência do Bem Estar Animal , a qual pertence a minha dissertação de Mestrado, e a Doutrina Espírita percebemos como ainda estamos longe de aprendermos o significado dos seres considerados inferiores a nós seres humanos, precisamos entender e respeitar a condição de cada criatura, cuidando e amando a qualquer ser da Natureza. Esperarei a parte II, Virgínia.
ResponderExcluirOlá Virgínia! Ficamos muito felizes em ter seu conhecimento para enriquecer este estudo, muito obrigada!
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, Infelizmente, poucos são os conhecedores desta filosofia. Amar e respeitar os outros animais como irmãos, que compartilham o mesmo planeta conosco, seres que têm propósitos e seguem o mesmo caminho de evolução que nós, seres humanos.
Estamos apenas um pouco a frente de nossos irmãos e por isso mesmo que devemos auxilia-los, o que não vemos na humanidade.
Eu, particularmente, tenho grande interesse na área de seu mestrado. Se pudermos trocar informações por e-mail, agradeceria muito!
Grande abraço!
Fernanda
janelaespirita@yahoo.com.br