A Terra formou-se há 4,6
bilhões de anos; a vida no Planeta iniciou-se nos mares há 3,8 bilhões de anos;
o homem moderno (Homo sapiens) teve origem na África Oriental há cerca
de 300000 anos e o Homo sapiens sapiens há 125000 anos.
Do primeiro ser vivo da
Terra (um organismo de uma célula apenas), ao homem atual, foram bilhões de
anos de evolução. A humanidade chegou ao estágio atual achando-se
auto-suficiente, iludida pela matéria densa e efêmera que lhe propicia colocar
em prática toda sua capacidade egocêntrica e consumista. De um lado os excessos
doentios; do outro, a fome, a miséria, a morte por doenças banais; o submundo
que o “supramundo” finge não existir.
Em verdade, o homem
ainda não despertou para a realidade da vida; não buscou o auto-conhecimento,
não se preocupou em entender o significado de tudo que compõe seu entorno, não
sabe de onde veio, para que veio e para onde irá. O desconhecimento a respeito
da vida do espírito, de sua origem e desenvolvimento, levam ao cometimento de
tantas barbáries contra a vida na Terra; cada vez mais depauperada pela
destruição imposta por homens ainda insensíveis sob a ótica espiritual.
Uma das maiores
barbáries que se pratica na Terra relaciona-se à alimentação. O ser humano, por
desconhecer a origem do espírito e o desencadeamento de sua evolução, ainda
mantem o hábito primitivo e perverso de deliciar-se com restos mortais de seres
dotados de alma, que compõem os patamares da escala evolutiva do espírito - que
se inicia na mônada (princípio espiritual individualizado), e finaliza ao se
atingir o grau de Espírito Divino.
O grande cientista
Charles Darwin já dizia: “Não há diferenças fundamentais entre o homem e os
animais, nas suas faculdades mentais. Os animais, como os homens, demonstram
sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento. Portanto, a compaixão para com
eles é a das mais nobres virtudes da natureza humana”. Darwin se referiu ao que
hoje a ciência denomina de senciência, ou seja, os animais, sem exceção, são
dotados de todas as sensações, inclusive da dor. O ser humano tira a vida de um
irmão menor, para saciar seus caprichos gastronômicos.
“Os animais possuem alma
e devem ser amados por nós. Estão tão próximos de Deus como estão os homens”
(Papa João Paulo II). Uma boa ação feita a um animal é tão meritória quanto uma
boa ação feita a um homem (Maomé, fundador do Islamismo, no Alcorão).
“Os animais dividem
conosco o privilégio de ter uma alma” (Pitágoras).
“É verdade que nos
animais domina o instinto, mas não vês que agem com uma vontade determinada? É
da inteligência, embora limitada” (Allan Kardec; O Livro dos Espíritos).
Kardec, na mesma obra, afirma a existência da alma animal: “Visto que os
animais tem uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles
um princípio independente da matéria? – Sim, e que sobrevive ao corpo”. “A
verdadeira vida, tanto do animal como do homem, não está no invólucro corporal.
Está no princípio inteligente, que preexiste e sobrevive ao corpo” (Allan
Kardec; A Gênese). Esta afirmação comprova, que tantos os espíritos humanos
como os dos outros animais, reencarnam, passam um determinado período de
aprendizado na carne, desencarnam e tornam a reencarnar após um tempo nas
esferas espirituais; tempo este muito maior para os humanos, já que o processo
reencarnatório dos outros animais é rápido.
“Todos os espíritos que
agora animam corpos humanos, num passado distante animaram animais; onde
adquiriram atributos que hoje se apresentam nos seres humanos. É nesses seres,
que estais longe de conhecer inteiramente, que o princípio inteligente se
elabora, se individualiza pouco a pouco e ensaia para a vida” (Allan Kardec; O
Livro dos Espíritos).
“O princípio espiritual
adquire experiências, emoções e conhecimentos através do trânsito pelos
diferentes reinos da natureza” (Joanna de Angelis).
“Não só o homem é dotado
de perispírito; até os mais insignificantes insetos o possuem. É ele que contem
o desenho prévio e que conduzirá o novo organismo ao lugar na escala
morfológica, segundo o grau de evolução” (Gabriel Delanne).
“Não há na carne do homem,
no sangue, nos seus ossos, um átomo diferente daqueles que se acham nos corpos
dos animais. Todas as almas tem a mesma origem; o homem atravessou a escala
zoológica para chegar a ser homem” (Cairbar Schutel).
“Estudo, atenta e carinhosamente, o evolucionismo do princípio espiritual através das espécies, sentindo-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo evolutivo. São eles os nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer” (Emmanuel, por Chico Xavier).
As colocações dos
Mestres citados ilustram a questão do desencadeamento natural e lógico do
processo de evolução do espírito, que se inicia pela gênese de um princípio
inteligente simples e ignorante, que vai aprendendo ao passar pelos inúmeros
patamares da escala zoológica. Para que haja paz, equilíbrio e harmonia na
Terra, urge que reflitamos muito sobre o assunto e nos preparemos para uma
rápida mudança de paradigma. Que possamos engrossar as fileiras daqueles que
tem por missão trabalhar na disseminação das verdades da vida no Universo. A
Educação é a única ferramenta capaz de promover a transformação.
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