quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cruelty Free



Por Adriana Miranda

Amigo(a) leitor(a), você já parou para pensar que enquanto você lê este texto, milhões de animais pelo mundo afora estão morrendo em decorrência de cruéis experimentos científicos, a pretexto de melhorar a vida do homem?
Além de macacos, pássaros e roedores, animais como cães e gatos, que poderiam estar brincando no seu quintal ou deitado no tapete de sua sala estão agora em jaulas frias, não somente privados de uma vida digna, com fome, sede, frio, sem afeto, mas sendo mutilados, eletrocutados, envenenados, sufocados, queimados e, finalmente, mortos, muitos deles sem sequer terem visto alguma vez na sua triste vida a luz do sol...


Medicamentos (alopáticos), vacinas, cosméticos, produtos de higiene pessoal e domésticos são alguns dos produtos que na sua elaboração passam pelos testes em animais. Mas, será que tudo isso é mesmo necessário?

Há quem acredite que os animais não-humanos que são submetidos a esse tipo de prática estão na realidade prestando um grande serviço à humanidade (“humana”), mas, na realidade, cada vez mais sabemos que esses experimentos não apresentam garantia de que darão certo, ou seja, de que serão efetivamente úteis, uma vez que a biologia e a fisiologia dos animais não-humanos é bem diferente da nossa e os resultados dos testes neles não necessariamente significam que serão iguais em nós. De acordo com a PETA, 92% dos novos medicamentos falham em ensaios clínicos - depois que eles já passaram por testes em animais. Esses testes são, na realidade, um desperdício de tempo e dinheiro para as empresas. Sabe-se hoje que há métodos alternativos à experimentação animal, com o uso de computadores, entre outros, que não causam o sofrimento e a morte de seres inocentes e ainda apresentam resultados mais eficazes. Portanto, muitos animais ainda tem a sua liberdade e dignidade cerceadas sem que para isso haja qualquer justificativa lógica e racional, e são submetidos a práticas que, além de anti-éticas, hoje estão comprovadamente atrasadas, diante das modernas técnicas de pesquisa científica mundial. A grande prova de que isso é uma verdade, é a enorme gama de produtos que já estão no mercado que não passaram pelos testes nos animais.

E aí é que nós, amantes do animais, entramos. Nossa responsabilidade enquanto consumidores é enorme, vai além da indignação. Uma vez que tomamos conhecimento da cruel realidade desses animais temos por obrigação ética tomar alguma atitude e a melhor coisa a fazer é buscar adquirir produtos de empresas que não realizam testes em animais. São os produtos “cruelty free”, ou livres de crueldade.

Você já parou para pensar em quantos itens da sua lista de compras estão “livres de crueldade”?

Para quem acha que isso é uma bobagem, que não fará diferença alguma, vale lembrar que somos nós, consumidores, quem determinamos como o mercado vai se comportar, é a lei da procura e da oferta. Quanto mais pessoas passarem a boicotar produtos de empresas que realizem esses testes bárbaros (e desnecessários) nos animais indefesos, mais as empresas sentirão necessidade de modificar suas atitudes, a partir do momento em que perceberem a nova 'tendência' do mercado. Testes de cosméticos e produtos de higiene em animais já são proibidos no Reino Unido e em toda a União Europeia (UE), por exemplo.

Portanto, a partir de agora, que tal gastar um tempinho a mais no supermercado olhando os rótulos da embalagens? Nem todos os produtos possuem o selo cruelty free (figura do coelhinho), mas podemos aprender quais as marcas estão ligadas ou não à cueldade. Nos links abaixo podemos encontrar as diversas empresas que testam e as que não testam em animais. Vale muito a pena fazer uma lista de compras livre de crueldade, os animais agradecem!




Para quem tiver interesse (e eu recomendo a todos que vejam com atenção), selecionei os links abaixo, que contem um bom material, com textos, fotos e vídeos de como são realizados testes e vivissecção em animais. Muitos dizem que não aguentam ver as cenas, pois são chocantes, mas eu particularmente acredito que precisamos aprender a encarar a realidade definitivamente, pois os experimentos existem, isso é um fato, e nós indiretamente acabamos fazendo parte disso, quando adquirimos os produtos relacionados. Portanto, somente com a compreensão profunda do problema (conscientização) é que podemos modificar nossas atitudes (ação), que nesse caso começa deixando de comprar produtos de empresas que realizam testes em animais.








Leiam o maravilhoso texto da advogada Renata Fortes sobre o uso de animais na pesquisa e no ensino. (CLIQUE AQUI)

Leiam também a esclarecedora entrevista com o médico americano Ray Greek – “a pesquisa científica com animais é uma falácia”. (CLIQUE AQUI)

Livro "Alternativas ao uso de animais vivos na educação", disponível para download gratuito no site do Instituto Nina Rosa – CLIQUE AQUI.

6 comentários:

  1. Ótimo texto! Mas afinal, a Natura consta em ambas as listas e pelo que sabia ela ainda testava não de forma direta, por esse motivo nunca comprava e optava pela Avon que até onde soube, foi uma das primeiras no ramos de cosmeticos a abandonar tal procedimento, mas me espantei de ver que passou a integrar a lista das que testam. O que mudou para eles voltarem?

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    1. Olá Ana! Também fiquei surpresa, eu, particularmente, não sei qual o motivo, mas sei que a partir do momento que as empresas testam ou terceirizam os testes, já não são empresas "cruelty free".

      Acredito que a Adriana (autora desta coluna) possa ter mais informações! Vamos aguardar!

      Grande abraço!
      Fernanda

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  2. Olá! Fiquei contente em ver que tem muito mais empresas que NÃO testam, e principalmente a Avon, que eu trabalho. Abraço.

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    1. Ficamos felizes também Angela! Ainda mais quando percebemos que temos opções!

      Grande abraço!
      Fernanda

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  3. POR FAVOR GOSTARIA QUE ME RESPONDESSE.

    SE OS ANIMAIS NÃO SÃO OS MAIS INDICADOS PARA TESTES EM LABORATORIOS,ENTÃO O QUE OS SENHORES SUGEREM ??? O ORGANISMO DO SER HUMANO ,MUITAS VESES É QUASE IGUAL AO DOS ANIMAIS.NÃO ACHO QUE TESTES SINTETICOS OS SUBSTITUEM.

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    1. Olá, fico feliz com seu comentário, pois sua dúvida e dúvida de muitos.

      Muitas e muitas vezes os diferentes organismos se equivalem, mas isto não justifica a crueldade que se faz com os animais não-humanos. É perfeitamente possível ao ser humano mudar muitas de suas atitudes crueis com os outros animais.

      Para suas dúvidas específicas, sugiro o artigo da ANDA, copie e cole o link para acessar: http://www.anda.jor.br/wp-content/themes/anda2011/downloads/anda.pdf

      Grande abraço!
      Fernanda

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