Por Adriana Miranda
Além de macacos, pássaros e roedores, animais
como cães e gatos, que poderiam estar brincando no seu quintal ou deitado no
tapete de sua sala estão agora em jaulas frias, não somente privados de uma
vida digna, com fome, sede, frio, sem afeto, mas sendo mutilados, eletrocutados,
envenenados, sufocados, queimados e, finalmente, mortos, muitos deles sem
sequer terem visto alguma vez na sua triste vida a luz do sol...
Medicamentos (alopáticos), vacinas, cosméticos, produtos de higiene pessoal e domésticos são alguns dos produtos que na sua elaboração passam pelos testes em animais. Mas, será que tudo isso é mesmo necessário?
Há quem acredite que os animais não-humanos que
são submetidos a esse tipo de prática estão na realidade prestando um grande
serviço à humanidade (“humana”), mas, na realidade, cada vez mais sabemos que
esses experimentos não apresentam garantia de que darão certo, ou seja, de que
serão efetivamente úteis, uma vez que a biologia e a fisiologia dos animais
não-humanos é bem diferente da nossa e os resultados dos testes neles não
necessariamente significam que serão iguais em nós. De acordo com a PETA, 92%
dos novos medicamentos falham em ensaios clínicos - depois que eles já passaram
por testes em animais. Esses testes são, na realidade, um desperdício de tempo
e dinheiro para as empresas. Sabe-se hoje que há métodos alternativos à
experimentação animal, com o uso de computadores, entre outros, que não causam
o sofrimento e a morte de seres inocentes e ainda apresentam resultados mais
eficazes. Portanto, muitos animais ainda tem a sua liberdade e dignidade
cerceadas sem que para isso haja qualquer justificativa lógica e racional, e
são submetidos a práticas que, além de anti-éticas, hoje estão comprovadamente
atrasadas, diante das modernas técnicas de pesquisa científica mundial. A
grande prova de que isso é uma verdade, é a enorme gama de produtos que já
estão no mercado que não passaram pelos testes nos animais.
E aí é que nós, amantes do animais, entramos.
Nossa responsabilidade enquanto consumidores é enorme, vai além da indignação.
Uma vez que tomamos conhecimento da cruel realidade desses animais temos por
obrigação ética tomar alguma atitude e a melhor coisa a fazer é buscar adquirir
produtos de empresas que não realizam testes em animais. São os produtos
“cruelty free”, ou livres de crueldade.
Você já parou para pensar em quantos itens da
sua lista de compras estão “livres de crueldade”?
Para quem acha que isso é uma bobagem, que não
fará diferença alguma, vale lembrar que somos nós, consumidores, quem determinamos
como o mercado vai se comportar, é a lei da procura e da oferta. Quanto mais
pessoas passarem a boicotar produtos de empresas que realizem esses testes
bárbaros (e desnecessários) nos animais indefesos, mais as empresas sentirão
necessidade de modificar suas atitudes, a partir do momento em que perceberem a
nova 'tendência' do mercado. Testes de cosméticos e produtos de higiene em
animais já são proibidos no Reino Unido e em toda a União Europeia (UE), por
exemplo.
Portanto, a partir de agora, que tal gastar um
tempinho a mais no supermercado olhando os rótulos da embalagens? Nem todos os
produtos possuem o selo cruelty free (figura do coelhinho), mas podemos
aprender quais as marcas estão ligadas ou não à cueldade. Nos links abaixo
podemos encontrar as diversas empresas que testam e as que não testam em
animais. Vale muito a pena fazer uma lista de compras livre de crueldade, os
animais agradecem!
Para quem tiver interesse (e eu recomendo a
todos que vejam com atenção), selecionei os links abaixo, que contem um bom
material, com textos, fotos e vídeos de como são realizados testes e
vivissecção em animais. Muitos dizem que não aguentam ver as cenas, pois são
chocantes, mas eu particularmente acredito que precisamos aprender a encarar a
realidade definitivamente, pois os experimentos existem, isso é um fato, e nós
indiretamente acabamos fazendo parte disso, quando adquirimos os produtos
relacionados. Portanto, somente com a compreensão profunda do problema
(conscientização) é que podemos modificar nossas atitudes (ação), que nesse
caso começa deixando de comprar produtos de empresas que realizam testes em
animais.
Leiam o maravilhoso texto da advogada Renata
Fortes sobre o uso de animais na pesquisa e no ensino. (CLIQUE AQUI)
Leiam também a esclarecedora entrevista com o
médico americano Ray Greek – “a pesquisa científica com animais é uma falácia”.
(CLIQUE AQUI)
Livro "Alternativas ao uso de animais vivos
na educação", disponível para download gratuito no site do Instituto Nina
Rosa – CLIQUE AQUI.
Ótimo texto! Mas afinal, a Natura consta em ambas as listas e pelo que sabia ela ainda testava não de forma direta, por esse motivo nunca comprava e optava pela Avon que até onde soube, foi uma das primeiras no ramos de cosmeticos a abandonar tal procedimento, mas me espantei de ver que passou a integrar a lista das que testam. O que mudou para eles voltarem?
ResponderExcluirOlá Ana! Também fiquei surpresa, eu, particularmente, não sei qual o motivo, mas sei que a partir do momento que as empresas testam ou terceirizam os testes, já não são empresas "cruelty free".
ExcluirAcredito que a Adriana (autora desta coluna) possa ter mais informações! Vamos aguardar!
Grande abraço!
Fernanda
Olá! Fiquei contente em ver que tem muito mais empresas que NÃO testam, e principalmente a Avon, que eu trabalho. Abraço.
ResponderExcluirFicamos felizes também Angela! Ainda mais quando percebemos que temos opções!
ExcluirGrande abraço!
Fernanda
POR FAVOR GOSTARIA QUE ME RESPONDESSE.
ResponderExcluirSE OS ANIMAIS NÃO SÃO OS MAIS INDICADOS PARA TESTES EM LABORATORIOS,ENTÃO O QUE OS SENHORES SUGEREM ??? O ORGANISMO DO SER HUMANO ,MUITAS VESES É QUASE IGUAL AO DOS ANIMAIS.NÃO ACHO QUE TESTES SINTETICOS OS SUBSTITUEM.
Olá, fico feliz com seu comentário, pois sua dúvida e dúvida de muitos.
ExcluirMuitas e muitas vezes os diferentes organismos se equivalem, mas isto não justifica a crueldade que se faz com os animais não-humanos. É perfeitamente possível ao ser humano mudar muitas de suas atitudes crueis com os outros animais.
Para suas dúvidas específicas, sugiro o artigo da ANDA, copie e cole o link para acessar: http://www.anda.jor.br/wp-content/themes/anda2011/downloads/anda.pdf
Grande abraço!
Fernanda