Texto para nossa reflexão. Apesar de publicado em 1868, A Gênese traz uma ideia muito atual que vem ao encontro da filosofia daqueles que respeitam os outros animais como seus irmãos menores.
Trecho transcrito do livro A Gênese, Kardec:
O orgulho levou o homem a dizer que todos os animais foram criados por sua causa e para satisfação de suas necessidades. Mas, qual o número dos que lhe servem diretamente, dos que lhe foi possível submeter, comparado ao número incalculável daqueles com os quais nunca teve ele, nem nunca terá, quaisquer relações? Como se pode sustentar semelhante tese, em face das inumeráveis espécies que exclusivamente povoaram a Terra por milhares e milhares de séculos, antes que ele aí surgisse, e que afinal desapareceram? Poder-se-á afirmar que elas foram criadas em seu proveito?
Entretanto, tinham todas a sua razão de ser, a sua utilidade. Deus, decerto, não as criou por simples capricho da sua vontade, para dar a si mesmo, em seguida, o prazer de as aniquilar, pois que todas tinham vida, instintos, sensação de dor e de bem-estar. Com que fim ele o fez? Com um fim que há de ter sido soberanamente sábio, embora ainda o não compreendamos. Certamente, um dia será dado ao homem conhecê-lo, para confusão do seu orgulho; mas, enquanto isso não se verifica, como se lhe ampliam as idéias ante os novos horizontes em que lhe é permitido, agora, mergulhar a vista, em presença do imponente espetáculo dessa criação, tão majestosa no seu lento caminhar, tão admirável na sua previdência, tão pontual, tão precisa e tão invariável nos seus resultados!
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Acredito que Deus criou os animais para nos mostrar várias lições morais, como por exemplo, o amor puro. Os animais não sentem inveja, maldade, ambição. Eles se ajudam, ajudam outros de sua espécie e se atacam, é apenas para se defender ou para conseguir comida e sobreviver. Já o homem comete maldades e tem prazer em perturbar os animais e também os de sua própria espécie. Os animais estão aqui conosco para lembrar do verdadeiro amor de Deus, sem interesse escuso ou dissimulação. Só não enxerga quem não quer enxergar!
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