segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Metempsicose (Parte I)


Veja nossa Proposta de Estudo

Sabendo-se da grandiosidade e complexidade que o assunto "Os Animais e o Espiritismo" traz e tendo como verdade a existência da alma animal (Leia Alma Animal - quatro partes), aos poucos, iremos evoluindo neste assunto apaixonante e que, ainda, pouco temos conhecimento, devido ao nosso grau de evolução.

Assim, sabendo-se da existência da alma, obviamente, também há reencarnação para os animais (trataremos deste assunto em outro capítulo). Para algumas pessoas e em algumas religiões, isto leva a alguns questionamentos. Um dos mais interessantes e que deve ser sanado é: Existe Metempsicose?

Primeiro de tudo: o que é Metempsicose?

Espelhemo-nos no grandes autores.

Eurípedes Kuhl, em seu livro Animais Nossos Irmãos escreve que a Metempsicose é a "transmigação de almas, de um para outro corpo - reencarnação da alma, após a morte, num corpo humano, animal ou num vegetal. Esta teoria caracterizou algumas religiões antigas no Egito, na Índia e na Grécia.
Soberbo equívoco, um espírito reencarnar em reino inferior. Tal constituir-se-ia em retrogradação (inexistente no plano da natureza), pois seria impossível ao espírito anular seu progresso e habitar no animal, ou em planta, sem inteligência, sem consciência, sem moral, sem livre-arbítrio, sem sentimentos."

Entenda, o autor, na última frase, não faz alusão de que os animais não possuem inteligência, consciência, moral ou livre-arbítrio, apenas evidencia que a evolução é contínua, nunca retrógrada. Os animais possuem tais características, mas em menor grau quando comparados ao homem.

No Livro dos Espíritos, questão 612, os Espíritos e Allan Kardec esclarecem esta dúvida:


"(...)Seria verdadeira a metempsicose, se indicasse a progressão da alma, passando de um estado a outro superior, onde adquirisse desenvolvimentos que lhe transformassem a natureza. É, porém, falsa no sentido de transmigração direta da alma do animal para o homem e reciprocamente, o que implicaria a idéia de uma retrogradação, ou de fusão. Ora, o fato de não poder semelhante fusão operar-se, entre os seres corporais das duas espécies, mostra que estas são de graus inassimiláveis, devendo dar-se o mesmo com relação aos
Espíritos que as animam. Se um mesmo Espírito as pudesse animar alternativamente, haveria, como consequência, uma identidade de natureza, traduzindo-se pela possibilidade da reprodução material. (...)"

Continuaremos a estudar esse assunto semana que vem: Metempsicose (Parte II)

Referências Bibliográficas

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Dos Três Reinos: Os animais e o homem.  Federação Espírita Brasileira, ed. 76ª,cap. XI, pp. 302, 1995.

Kuhl, E. Animais Nossos Irmãos. Editora Petit, pp. 83, 1995.

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