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Aspectos emocionais
Encerraremos o capítulo em epígrafe com uma história transcrita de um livro que todos os que se interessam por animais adorariam ler - Eu, primata - Por que somos, Como somos, Frans de Waal:
"Quando uma bonobo chamada Kuni viu um estorninho trombar com a vidraça de sua jaula no Zoológico de Twycross, na Grã-Bretanha, foi ajudá-lo. Pegou o atordoado passarinho e com delicadeza o pôs em pé. Ao ver que ele não se mexia, deu-lhe um empurrãozinho, mas ele só agitou as asas. Kuni então subiu ao topo da árvore mais alta com o estorninho, usando apenas as pernas a fim de ter as mãos livres para segurá-lo. Cuidadosamente, desdobrou-lhe as asas até abri-las bem, segurando-as entre seus dedos, após o que lançou o passarinho pelos ares, como um avião de papel, na direção dos limites de sua jaula. Mas ele não ultrapassou a barreira e aterrissou na beira do fosso. Kuni desceu da árvore e montou guarda ao lado do estorninho por muito tempo, protegendo-o de um jovem bonobo curioso. No fim do dia, a ave, recuperada, voara em segurança para a liberdade."
O autor ainda escreve: "Esse tipo de empatia quase nunca é observado em animais, pois depende da capacidade de imaginar as circunstâncias do outro."
Até então, acreditava-se que o único primata capaz de fazer o que Kuni fez fosse o ser humano, o que demonstra que pouco sabemos sobre os sentimentos de nossos irmãos e muitas vezes os julgamos inferiores também nas capacidades emocionais.
Aos olhos da ciência e do Espiritismo, todos os animais, inclusive o ser humano, possuem semelhanças evidentes nos aspectos físicos, intelectuais e emocionais, o que ajuda, aos olhos de céticos e espiritualistas, entenderem melhor nossos irmãos: seres que dividem este planeta e tem o mesmo direito à vida que nós.
"Há sempre aneis que ligam as extremidades da cadeia dos seres (...)"
Allan Kardec
Semana que vem continuamos nosso estudo!
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